Encarar uma guerra antes de se tornar um autor famoso não foi um privilégio de J.R.R.Tolkien ou de C.S. Lewis– muito pelo contrário. Vários outros escritores tiveram a má sorte de precisar passar pelos campos de batalha antes de deixarem seus nomes da história. Por outros motivos, ainda bem.
Abaixo, você confere uma lista dos autores que tiveram suas vidas marcadas pela guerra:
1. J.D. Salinger
Conflito:A Segunda Guerra Mundial
Salinger: muitos creditam o tom angustiante de sua obra ao sofrimento pós-guerra
O autor do Apanhador do Campo de Centeio desembarcou na Normandia em pleno Dia D junto ao exercito americano para enfrentar os nazistas. Ele era soldado, mas também atuou como correspondente de guerra para um jornal dos Estados Unidos. Mais tarde, Salinger foi para Paris junto com as tropas dos aliados, logo após o fim da ocupação alemã.
Ele já tinha escrito alguns contos antes de participar das batalhas, mas sua grande obra foi escrita apenas depois de sua participação no conflito militar, em 1951.
2. George Orwell
Conflito:Guerra Civil Espanhola
O Sr. Orwell, que participou de dois grandes conflitos militares
Eric Arthur Blair, que ficou famoso com o pseudônimo de George Orwell, lutou junto ao Partido Operário contra a opressão do ditador espanhol Francisco Franco, durante a Guerra Civil Espanhola.
Durante as batalhas, foi ferido por uma bala que atingiu seu pescoço, danificando as cordas vocais, o que o deixaria com a voz ligeiramente aguda pelo resto de sua vida.
Sua experiência no conflito foi relatada no livro “Homenage to Catalonia”.
Na década seguinte voltou a participar da Segunda Guerra Mundial, dessa vez como correspondente para a BBC.
3. Antoine de Saint-Exupéry
Conflito: A Segunda Guerra Mundial
Saint-Exúpery participou da guerra como piloto
O pai do Pequeno Príncipe era piloto da força aérea francesa. Na época do conflito ele tinha pouco mais de 40 anos, e muitos dizem que sofria com constantes dores no corpo, causadas por algumas fraturas que sofreu durante a batalha.
No último dia de julho de 1941 ele foi designado para recolher informações sobre a movimentação das tropas alemãs sobrevoando as proximidades do Vale do Ródano. Saint-Exupéry nunca mais foi visto com vida.
Alguns acreditam que ele tenha sido atacado pelos oponentes, outros dizem que poderia se tratar de suicídio, já que o autor estava muito desiludido com os rumos da guerra.
4. Ernest Hemingway
Conflito: Primeira Guerra Mundial
Hemingway se recupera das feridas da guerra, em 1918, na Itália
Dispensado do exército por causa de problemas na visão, Hemingway acabou garantindo sua participação na primeira grande guerra ao se voluntariar para a Cruz Vermelha.
Ele chegou a ser atingido por estilhaços e passou um período hospitalizado por causa de problemas nas pernas.
Hemingway era um incansável, e não se contentou em participar apenas de um conflito: em 1937 cobriu a Guerra Civíl Espanhola, inicialmente como jornalista. Mais tarde ele se juntaria aos Republicanos. O escritor também chegou a enfrentar os nazistas nos anos 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. Sobre sua experiência, escreveu Sobre suas guerras:“Adeus às Armas” e “Por Quem os Sinos Dobram”.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
5 verdades científicas sobre o lado ruim dos chefes
Chefe nunca escapa das fofocas fora do trabalho, seja na mesa do bar ou do almoço. É que os chefes bons até existem, mas são raros. E a culpa, claro, é do poder, que traz, além de responsabilidade e dinheiro, uma dose de arrogância e egoísmo. E não sou eu que tô dizendo, é a ciência. Veja só:
SÓ PENSAM EM SI:
É inconsciente, mas acontece. Um pessoal da Universidade Northwestern convidou voluntários para uma pesquisa. Metade deles teria um pouco mais de poder de decisão ao longo das atividades do que os outros. Num certo momento, todos tiveram de escrever a letra E na testa. E os poderosos levaram a pior: a maioria escreveu a letra ao contrário ou ilegível. É que os outros se preocupavam mais em como os outros conseguiriam ler aquela letra – aí paravam, pensavam e tinham resultados melhores.
MENTEM SEM CULPA:
Eles não se sentem mal em mentir. Não mesmo. Pesquisadores da Columbia Business School designou a alguns voluntários os papeis de líderes ou subordinados. Os poderosos tinham salas grandes e luxuosas, já a sala dos outros “funcionários” não tinha nem janela. Aí todos foram induzidos a mentir (encontraram uma nota de 100 dólares, mas só ficariam com ela se mentissem para os pesquisadores). Em seguida, todos passaram por exames para medir o nível de estresse. Os voluntários “empregados” ficavam mais estressados após as mentiras. Já os “líderes” não se abalavam, ou seja,mentiam sem sentir a menor culpa.
SÃO HIPÓCRITAS:
Um pesquisador holandês fez testes semelhantes para testar a influência do poder nas pessoas. Seus voluntários participaram de uma brincadeira: uma parte teria de atuar e tomar decisões como se fosse um membro do alto escalão do governo, enquanto a outra turma seria só um cidadão comum, como eu e você. Depois tiveram de responder a algumas perguntas, do tipo “você acha justo exceder o limite de velocidade se estiver atrasado?”. E os que haviam atuado como governantes tendiam a concordar mais com a afirmação. Mas quando eram questionados se os outros deveriam fazer o mesmo, aí eles mudavam de opinião…
SE SENTEM SUPER TALENTOSOS (EM TUDO):
Até onde não existe talento– tipo, em jogar dados (já conheceu alguém bom em jogar dados?). Pois bem, numa pesquisa da Universidade Stanford, um grupo de voluntários foi convidado a escrever sobre uma situação em que eles agiram com poder, como se fossem chefes. Outra turma não escreveu sobre nada, só esperou. Em seguida, os pesquisadores fizeram uma proposta: se acertassem qual seria o número sorteado nos dados, ganhariam dinheiro. Eles poderiam jogar os dados ou passar a tarefa para outra pessoa. 40% do pessoal que ficou sem fazer nada preferiu não jogar os dados. Adivinha se algum daqueles que haviam se lembrado do momento de poder quis fazer o mesmo? De jeito nenhum,todos eles se sentiram suficientemente bons para tomar os dados e jogá-los na mesa.
NÃO SENTEM COMPAIXÃO:
Dessa vez, a pesquisa não simulou situações de poder. Foi em busca dos poderosos de verdade. Para isso, entrevistou algumas pessoas para descobrir quão poderosos elas se sentiam. Foram, então, separados em dois grupos: os poderosos e os reles mortais. Em seguida, tiveram de escutar alguém contar uma história triste, enquanto tinham o cérebro escaneado. E aí que os poderosos, claro, não se comoveram com as histórias.
SÓ PENSAM EM SI:
É inconsciente, mas acontece. Um pessoal da Universidade Northwestern convidou voluntários para uma pesquisa. Metade deles teria um pouco mais de poder de decisão ao longo das atividades do que os outros. Num certo momento, todos tiveram de escrever a letra E na testa. E os poderosos levaram a pior: a maioria escreveu a letra ao contrário ou ilegível. É que os outros se preocupavam mais em como os outros conseguiriam ler aquela letra – aí paravam, pensavam e tinham resultados melhores.
MENTEM SEM CULPA:
Eles não se sentem mal em mentir. Não mesmo. Pesquisadores da Columbia Business School designou a alguns voluntários os papeis de líderes ou subordinados. Os poderosos tinham salas grandes e luxuosas, já a sala dos outros “funcionários” não tinha nem janela. Aí todos foram induzidos a mentir (encontraram uma nota de 100 dólares, mas só ficariam com ela se mentissem para os pesquisadores). Em seguida, todos passaram por exames para medir o nível de estresse. Os voluntários “empregados” ficavam mais estressados após as mentiras. Já os “líderes” não se abalavam, ou seja,mentiam sem sentir a menor culpa.
SÃO HIPÓCRITAS:
Um pesquisador holandês fez testes semelhantes para testar a influência do poder nas pessoas. Seus voluntários participaram de uma brincadeira: uma parte teria de atuar e tomar decisões como se fosse um membro do alto escalão do governo, enquanto a outra turma seria só um cidadão comum, como eu e você. Depois tiveram de responder a algumas perguntas, do tipo “você acha justo exceder o limite de velocidade se estiver atrasado?”. E os que haviam atuado como governantes tendiam a concordar mais com a afirmação. Mas quando eram questionados se os outros deveriam fazer o mesmo, aí eles mudavam de opinião…
SE SENTEM SUPER TALENTOSOS (EM TUDO):
Até onde não existe talento– tipo, em jogar dados (já conheceu alguém bom em jogar dados?). Pois bem, numa pesquisa da Universidade Stanford, um grupo de voluntários foi convidado a escrever sobre uma situação em que eles agiram com poder, como se fossem chefes. Outra turma não escreveu sobre nada, só esperou. Em seguida, os pesquisadores fizeram uma proposta: se acertassem qual seria o número sorteado nos dados, ganhariam dinheiro. Eles poderiam jogar os dados ou passar a tarefa para outra pessoa. 40% do pessoal que ficou sem fazer nada preferiu não jogar os dados. Adivinha se algum daqueles que haviam se lembrado do momento de poder quis fazer o mesmo? De jeito nenhum,todos eles se sentiram suficientemente bons para tomar os dados e jogá-los na mesa.
NÃO SENTEM COMPAIXÃO:
Dessa vez, a pesquisa não simulou situações de poder. Foi em busca dos poderosos de verdade. Para isso, entrevistou algumas pessoas para descobrir quão poderosos elas se sentiam. Foram, então, separados em dois grupos: os poderosos e os reles mortais. Em seguida, tiveram de escutar alguém contar uma história triste, enquanto tinham o cérebro escaneado. E aí que os poderosos, claro, não se comoveram com as histórias.
Projeto chinês propõe ônibus que anda por cima dos carros
Um ônibus suspenso que anda por cima dos carros. Já imaginou? Uma equipe de pesquisadores chineses colocou a ideia no papel e defende que o projeto pode ser parte da solução para o trânsito terrível das grandes cidades.
Quando parado, oLand Airbus, como é chamado, não interrompe o trânsito, pois a parte inferior funciona como um túnel, “vazada”, em formato de arco – o que os inventores chamaram dedesign oco. O veículo ocupa duas pistas e permite que carros de até dois metros de altura passem por baixo.
Cada “vagão” comporta até 300 pessoas. Os passageiros entram no ônibus via elevador lateral e também são previstas estações fixas de parada. Movido por painéis solares e eletricidade, o veículo chega a 60 km/h. Há ainda um sistema que freia o veículo automaticamente em caso de emergência (se houver um acidente à frente, por exemplo).
Os criadores dizem que o ônibus suspenso pode diminuir em 30% o trânsito nas ruas e avenidas. Outra vantagem destacada é que a construção da estrutura para suportar esse tipo de transporte levaria três vezes menos tempo que a construção de metrôs, com custo 10% menor.
O projeto é apresentado como“o futuro das cidades”. Você acha que a solução parece viável?
Porque os homens coçam tanto o saco? ( sem zueira em galera kkk)
Agora, à resposta plausível: não há, necessariamente, uma única razão para que os homem cocem o saco. Mas Lúcia Pesca, psicóloga e especialista em sexualidade humana, arrisca uma explicação que pode servir para muitos casos: os homens coçam o saco por causa do desconforto que os pelos causam e pela sensibilidade da pele daquela região. Os pelos se movem muito quando o homem caminha e se mexe, graças à flacidez da pele, e isso pode gerar uma sensação desagradável.
Já segundo Carlos Teodósio Da Ros, urologista do Hospital Conceição, de Porto Alegre,há doenças, como as micoses, que causam coceira nas genitálias. Mas é pouco provável que em um grupo todos os homens comecem a se coçar por possuírem a mesma doença ao mesmo tempo (bem, cada um sabe os amigos que tem).
Além disso, entra em cena o comportamento cultural e o mito que cerca o ato de coçar o saco. Lúcia Pesca explica que a manifestação de se coçar foi rotulada culturalmente como uma forma do homem mostrar que tem um pênis.
"Estetoscópio Cerebral" transforma convulsões em música!
O neurologista Josef Parvizie o músico Chris Chafe, ambos pesquisadores da Universidade de Stanford, nos EUA, se uniram para “musificar” ondas cerebrais durante crises convulsivas. O trabalho, que começou como um experimento artístico, pode ajudar as pessoas que sofrem de epilepsia ao permitir que outras pessoas percebam quando um ataque está ocorrendo.
Parvizi compartilhou com Chafe o eletroencefalograma de um paciente gravado durante uma convulsão.
A composição final não é exatamente agradável, mas os pesquisadores perceberam que é possível distinguir facilmente as três fases da música, que correspondem a três fases da convulsão: a calma inicial, que se transforma em caos durante a convulsão propriamente dita e depois a fase de recuperação pós-crise.
O que era um interesse apenas artístico se transformou em interesse científico. Se é possível para leigos identificar as fases da convulsão através dessas “músicas”, também seria possível que os cuidadores de pessoas que sofrem de epilepsia possam perceber a ocorrência de pequenas crises, que de outra forma seriam indetectáveis. Esse aparelho que transforma ondas cerebrais em música será chamado de “estetoscópio cerebral” e está em desenvolvimento em Stanford. Os cientistas esperam que o aparelho esteja pronto no ano que vem.
Resumo do Livro: Uma Bruxa na Cidade - Ruth Warburton
Anna Winterson é uma menina adolescente que, depois de seu pai perder o emprego, tem que se mudar de Londres para Winter, uma pequena cidade no interior da Inglaterra. Isso já seria traumático o suficiente caso não existisse um agravante: feitiçaria.
Primeiro livro da trilogiaWinter, de Ruth Warburton, Uma Bruxa na Cidadeconta a história de uma garota que é bruxa sem saber, e é aí que a coisa pega.
Como Anna não sabe que é uma bruxa, zombaria fácil de qualquer pessoa que acreditasse em mágica. O que ela não imagina é que, após chegar a Winter, vai descobrir muita coisa sobre magia, a começar pelo fato de ela ir morar em um local conhecido como "a casa da bruxa".
Um dia, ela encontra um livro velho e resolve brincar com as amigas. Só que elas não sabem se tratar de um livro de bruxaria e que o encantamento era para prender um objeto de desejo. A brincadeira acaba se tornando realidade.
O que acontece é que Seth Waters, menino que namora a garota mais popular da escola, termina seu relacionamento e fica totalmente apaixonado de forma obsessiva por Anna, como ela imaginara durante a brincadeira com as amigas. Agora ela terá de resolver isso.
Será que Seth realmente a ama ou será apenas um efeito do feitiço?
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Resumo do Livro: Madalena - Cristiane Dantas
Madalena - Cristiane Dantas (Novela)
Esse livro é uma novela.Os personagens principais são:Madalena,Nelson,Manuel e outros...Acontece no presente,a autora é Cristiane Dantas.Ano de publicação foi 2006.Madalena era uma garota loira de olhos azuis que seu pai Nelson a trocou por um braço de terras com Manuel,um homem que só bebia.Madalena não aceitava,mas também não tinha escolha.
Passados anos Madalena teve um filho Francisco.Madalena não queria mais sua vida com Manuel,quer dizer,nunca quis,então ela fugiu e se separou dele.Depois de anos,Alvaro e Madalena se apaixonaram e ficaram juntos,ele consegue um emprego de professora para ela,então ela foi empregada.
Sua segunda separação acontece.Depois de muito tempo seu filho se casa,tem uma filho e várias coisas acontecem.Madalena depois de velha tem esquecimentos como:esquece bolsas e várias coisas em outros lugares.Ela estava ficando louca,até correu com uma faca atrás do filho de Francisco que bagunçava e quebrou a TV pois Dudu filho de Francisco estava vendo desenho.
Francisco tinha bebido e então pulava na cama vendo o lustre balançar,falando que ele não tinha amigos era por causa de Madalena.Mas arrumou uma desculpa para Dulce sua mulher dizendo que não tinha bebido.Depois do que Madalena aprontou,ele,Francisco seu filho,internou sua mãe Madalena.
Passados quinze dias ligam do hospício dizendo que Madalena morreu por falência múltipla de órgãos.Então Francisco fechou os olhos para não ver o lustre balançar.
Resumo do Livro: Lenora - Heloisa Prieto
Lenora - Heloisa Prieto
Era ano novo,havia um jantar na casa de Duda ,seu amigo Ian estava lá com o seu violão, quando resolveu tocar uma música que despertava uns espíritos hirlandeses do mar,Duda não acreditara nessas coisas mas quando Ian começou a cantar uma força sobrenatural tomou conta dele e começou a dançar,não só ele mas as pessoas que estavam ali presente também. Umas pessoas da praia que viram aquela animação foram para casa deles e junto a essas pessoas veio Lenora uma jovem encantadora que encantou Duda,Ian,e Peninha que também estava ali presente e que era amigo deles, Ian e Lenora se apaixonaram de cara mas Duda se apaixonou pela Lenora perdidamente assim como Peninha. Aquela noite foi longa e ele viraram amigos de Lenora ,mas ela e Ian já estavam namorando.(eu realmente torcia para que ela se apaixonasse pelo Duda). Um dia eles estavam na praia cantando no luar quando chegou Peninha e disse uma coisa que eles não esperavam... Que eles deviam montar uma banda cujo o nome deveria ser Triaprima que significava amor,paz e união tudo que eles tinham. No começo eles não levaram a sério mas depois eles descobriram que a conversa deles tinha fundamento e resolveram investir na banda... Eles fizeram muito sucesso e ficaram conhecido no mundo todo(...).
Um dia ,Ian conheceu uma jovem chamada Lívia, ele teve um caso com ela e Lenora descobriu e disse que a relação deles iria ser extremamente profissional,ou seja só iriam se encontrar em ensaios e em shows da banda. Depois disso Ian ficou diferente pintava o olho de preto usava amuletos indianos e anéis de prata nos dedos e estava muito mais agressivo mas continuava com Lívia. Eles resolveram por fim na banda já que não estavam se dando bem. No ultimo show da banda,Ian disse que havia feito uma música inspirado nos 'ratos de hamelin' e iria cantar com Lívia naquela noite,chegando a hora do show Lívia e Ian subiram ao palco e começaram a cantar ,as pessoas ficaram loucas ,começaram a chutar o chão a gritar a dar socos nos outros, pois a musica deles era dominante, e deixava as pessoas transtornadas, com raiva e ódio mas quando entrou Lenora e Duda acalmando toda a plateia com uma música que inspirava amor. A plateia ficou mais louca ainda e pegou Lenora e Ian e jogaram no mar Lenora se afogou e morreu no mar... Em 2006 nasceu uma menina cujo o nome era Lenora ,e com ela se encarnou Lenora ,desde criança ela teve medo de mar e sonhava com maremotos e afogamentos...e ela acabou morrendo afogada.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Conto: O Moço do Vento (Parte 4 - Final)
O Moço do Vento - Parte 4 (final)
Quando o dia amanheceu, Jonas e Carla abriram os olhos anunciado um delicioso despertar. Ao mesmo tempo a luz matinal tocava seus rostos com suavidade. O calorzinho daquele momento era tão bom que os “obrigou” a permanecer mais alguns minutos na cama. Porém o estômago deles começou a reclamar do vazio. E um bom banho iria ajuda-los a despertar e jogar a preguiça de lado.
Carla adiantou-se e, após o banho, preparou um delicioso café da manhã. Fez torradas, enfeitou a mesa com vários tipos de geleias, frutas, sucos e outras delícias. Em seguida ela e Jonas se reuniram diante da mesa. Estavam tão felizes com a nova casa que não queriam estragar aquela manhã mágica.
Carla, novamente, adiantou-se e disse em voz alta:
—Cristiane, o café está na mesa!
Silêncio total.
Carla tentou novamente;
—Filha, acorde! Deixe de preguiça e desça dessa cama!
Silêncio.
Carla sentiu que alguma coisa estava errada, pois sempre ouviu a resposta da filha pela manhã.
Preocupada ela diz;
—Que estranho! Por que será que ela não está respondendo?
—Ora, querida! —disse Jonas sorridente— Ela só deve estar num sono profundo! Nada mais! Daqui a pouco ela desce.
—Não! Ela sempre me respondeu! —disse Carla com um ar de ansiedade e nervosismo na voz.
—Querida, por favor, vamos comer...
—Desculpe, Jonas, mas vou lá em cima para ver o que está acontecendo.
Conformado ele diz:
—Tudo bem! Tudo bem! Vou lá com você.
Subiram as escadas rapidamente com a iniciativa de acordar a filha logo para que ela pudesse aproveitar os primeiros dias de férias.
Ao abrir a porta eles têm uma surpresa. A cama estava feita e não havia nenhum vestígio de que a menina tivesse dormido ali naquela noite.
Jonas, agora, começava a ficar preocupado.
—Ué! Cadê Cristiane?
—Não sei! —disse Carla começando a se desesperar— Eu disse que estava tudo muito estranho. Agora vamos procurar por ela pela casa, senão não terei sossego.
—Vamos olhar os outros quartos! Talvez ela tenha dormido em outro...
Correram por todos os cômodos do imenso casarão. Alguns ainda com algumas teias de aranha pelas paredes e objetos antigos que decoravam o ambiente. Procuraram, então, na cozinha, na sala, na biblioteca, no porão, no sótão, pelo jardim e em toda a extensão da propriedade que puderam vasculhar. Aquela situação havia se tornado muito estranha para eles, deixando-os com um desespero incontrolável, acompanhados da respiração ofegante, que demonstrava todo o remorso ao se lembrarem de Cristiane caindo pelas escadas e sussurrando sobre a mudança de sua decisão em não ir para a mansão.
Cansados, desesperados e tristes, decidiram voltar para o quarto e usar o telefone para ligar para a polícia. Naquele local não pegava sinal de celular ou qualquer outra frequência que não fosse por meio de fios. Era como se a energia dali bloqueasse o mundo externo.
Ao abrirem a porta do quarto eles têm uma surpresa: Cristiane encontrava-se de pé e virada para a janela do quarto, como se os estivesse observando o tempo todo em que a procuravam. Ela estava imóvel e não demonstrava nenhuma surpresa com a chegada dos pais.
—Filhinha —disse Carla— que susto você nos deu! Onde estava enquanto te chamamos?
Nenhuma resposta.
—Filha —disse Jonas— sua mãe está falando com você!
Silêncio total. Nenhum movimento.
Carla decidiu se aproximar da filha. O nervosismo voltava a tomar conta dela ao mesmo tempo em que suas mãos começavam a suar.
—Menina, estou falando com você! —gritou Carla já nervosa.
Tocou o ombro de Cristiane, virando-a para si. Então uma expressão de horror dominou seu rosto. A menina não parecia humana. Esta, por sua vez, fixou seu olhar branco e gélido para a mãe e o pai. Nos olhos não havia mais íris e pareciam ter a profundidade de um universo sem fim, obscuro e terrível. Então Carla percebeu que sua linda filhinha não existia mais. Os demônios a haviam transformado em mais uma escrava sexual da tenebrosa e isolada mansão.
Conto: O Moço do Vento (Parte 3)
Após o jantar cada um seguiu para seu quarto, pois haviam ficado cansados depois toda aquela maratona turística pelo jardim do velho casarão.
Enquanto Carla e Jonas “estreavam” a cama de casal, a pequena Cristiane, assustada e desconfiada até da própria sombra, recolheu-se embaixo dos lençóis, enquanto mantinha as luzes acesas, pois não queria sentir medo naquela noite.
O antigo relógio cuco de madeira, com idade já centenária, marcava 12:30h. Já havia passado da hora de Cristiane se deitar. Mas o disparo do coração, acompanhado do suor ansioso nas mãos e nos pés, além da respiração ofegante, tornaram-se propícios para a repetição de uma cena que já não acontecia há muito tempo.
A névoa densa e gélida começou a penetrar pela janela, que se abriu com extrema violência à medida que o vento penetrava fortemente no quarto. Cristiane mantinha-se agarrada ao travesseiro. Assustou-se com o barulho da madeira ao bater estrondosamente na parede do seu quarto. E ela sabia que aquele sinal não era uma coisa boa. Por isso decidiu se conformar e aceitar o que o destino lhe aguardava.
No meio do quarto uma figura nada amistosa foi se formando. Sua aparência era completamente demoníaca e assustadora. Possuía longos chifres, pele escamosa, olhos vermelhos e um cheiro horrível. Seus pés e mãos, completamente peludos, eram ossudos e possuíam longas unhas negras. A criatura fixou seus olhos fumegantes e tenebrosos na menina. Ao mesmo tempo, Cristiane olhou para a porta e pensou em fugir. Mas Cristiane foi impedida pelas grotescas e bizarras criaturas da mansão, que se materializaram diante de seus olhos. Lágrimas de desespero começaram a brotas de seus olhos. Estava apavorada e percebeu que não conseguia gritar. Sua garganta havia ressecado e as suas cordas vocais congelado. O frio aumentou e suas pernas deixaram de obedecê-la. Seu corpo, como se estivesse hipnotizado, levantou-se da cama e parou no meio do quarto, diante da demoníaca figura. Parecia um ser vegetativo que ouvia e não tinha vontade própria. A criatura diabólica queria que a menina sentisse todos os medos e pavores daquele momento. E esse havia se tornado o maior de seus pesadelos naquela tenebrosa noite.
Lentamente o espectro demoníaco envolveu Cristiane com sua névoa gélida. Aos poucos a imagem dos dois foi se desmaterializando aos olhos dos tenebrosos expectadores da antiga mansão. Seus rostos, em adiantado estado de decomposição, observavam com curiosidade cada segundo. Alguns, com suas risadas além-túmulo, ecoavam pelo quarto toda sua alegria em acompanhar toda aquela cena, pois o mesmo já havia acontecido com eles. E, como estavam, agora, como meros espectadores, ao invés de sofridos protagonistas, podiam sentir a alegria que outras almas da escuridão sentiram no instante em que perderam suas vidas.
Como que por milagre, um último suspiro surgiu da boca de Cristiane antes que seu corpo desaparecesse por completo.
—Mamãe! Papai! Me ajudem, pelo amor de Deus!
O espectro, enfurecido, olha no fundo dos olhos da menina e diz:
—Infelizmente Deus não pode te ajudar agora, menina. Mas se você realmente acredita nele, por quê será que ele te deixou comigo para sofrer?
Assustada, Cristiane pergunta:
—O quê você vai fazer comigo?
Cinicamente, e acompanhado de uma gargalhada infernal, o espectro responde:
—Você não recebeu uma visita ontem à noite do seu amiguinho na outra casa?
Cristiane pensa, franze a testa e diz:
—O “moço do vento”?
—Sim! Esse mesmo! Mas parece que aquele traidor não conseguiu impedir que você chegasse até mim. Então tenho o prazer de lhe dizer que, a partir de agora, você será minha escrava e satisfará todos os meus desejos.
—Não! —gritou Cristiane, inutilmente.
Em seguida os dois desapareceram deixando um rastro de névoa no ar.
Dentro do quarto as almas, tenebrosas e sem esperança de voltar para a luz de Deus, mantinham-se paradas no mesmo instante em que observaram o que havia restado de mais uma vida que desaparecia lentamente no ar.
Enquanto as almas agonizavam no inferno, pôde-se ouvir, durante toda a noite, a presença de uma coruja negra. Esse era o sinal de que mais uma missão havia sido cumprida perante as leis da amaldiçoada mansão.
Conto: O Moço do Vento (Parte 2)
O MOÇO DO VENTO - PARTE 2
Algumas semanas se passaram. Cristiane se recuperou, mas as lembranças permaneceram. Tinha medo do que pudesse acontecer ao entrar na nova casa. E por mais que tenha tentado alertar seus pais, sabia que eles nunca acreditariam no tal “moço do vento”.
Cometeu-se, então, o segundo erro.
Jonas e Carla estavam ansiosos e não viam a hora de habitar o novo imóvel da família, no qual gozariam das merecidas férias. Afinal, tudo era novidade. Mas para a menina apenas mais um tormento se iniciava.
Próximo do casarão, Cristiane arrepiou-se ao ver pelo vidro do carro a mansão e toda sua extensão. Lembrou-se das palavras do espectro e começou a imaginar as cenas horríveis que aconteceram naquele lugar. Sangue, dor, sofrimento e morte habitavam seus mais recentes pesadelos. E, por mais que fechasse os olhos, eles continuavam lá, atormentando-a. Foi aí que percebeu que a única saída era conviver com aquilo.
O carro parou diante da escadaria que dava em direção ao casarão. Estava cedo e Jonas ansioso. Então, todos saíram do carro e observaram a mansão. Porém, Cristiane não podia dizer o mesmo, pois tentava inutilmente desviar o olhar das almas atormentadas que, agora, começavam a rodeá-la. Eram figuras horrendas que só ela podia ver.
Assustada, Cristiane abraça a mãe com força.
Carla diz:
—Oh, que bom que você gostou, querida! Sabia que ia mudar de ideia.
Enquanto Carla acreditava na felicidade da filha, esta, por sua vez, continuava abraçando fortemente a mãe com esperança de que aquelas figuras horríveis fossem embora. Mas parece que não era isso que elas queriam, pois se aproximavam cada vez mais do rosto da menina, com suas faces horrendas e tenebrosas.
Jonas pegou as malas e disse:
—Vamos, meninas, senão vai ficar muito tarde e não aproveitaremos nosso primeiro dia de férias!
Nesse instante Cristiane pôde ver as criaturas desaparecer lentamente, ao mesmo instante em que ouvia longinquamente:
“—Ajude-nos, por favor!”
Olhou para todos os lados e viu que, agora, estava rodeada apenas por seus pais. Não havia mais o que temer. Em seguida os três entraram para a mansão.
Cometeu-se, então, o terceiro erro.
As horas se passaram e a família, após acomodar-se adequadamente, conversou por alguns minutos na sala antes de saírem para visitar o imenso jardim.
—Estou tão feliz, querido! —disse Carla sorridente.
—Eu também! Agora vamos nos apressar antes que escureça.
Seguiram em direção à porta. Quando Cristiane passou por ela sentiu um imenso calafrio, acompanhado de um vento quente e sussurrante na nuca. Estava assustada e tudo era motivo de desconfiança. Segurou fortemente as mãos dos pais e saiu.
Mesmo estando um pouco abandonada a propriedade ainda tinha seus encantos. Um belo chafariz ao centro rodeado por várias árvores frutíferas, alguns canteiros de flores e rosas, bancos de pedra estrategicamente colocados embaixo de algumas árvores, um lago artificial e um velho galpão onde se encontrava a maioria das ferramentas utilizadas para a manutenção de toda a casa.
Já era possível ver o sol se pôr, com sua cor amarelada e coberto por algumas nuvens. O vento soprava lentamente enquanto o canto dos pássaros, grilos e cigarras anunciavam o entardecer.
—Olha, querido, que lindo! Nunca imaginei poder ver o sol assim!
—Com certeza veremos muitas outras vezes, querida. Fico feliz por você e por nossa filha. Acho que as coisas estão começando a se ajeitar, agora.
Enquanto os pais se deliciavam com cada momento, Cristiane brincava com uma borboleta colorida e companheira que insistia em permanecer sempre próxima dela.
Conto: O Moço do Vento ( Parte 1)
O MOÇO DO VENTO - PARTE 1
O vento soprava lentamente. Folhas e plantas balançavam perante a brisa que atingia a janela do casarão. Uma residência grande e conservada. Nele vivia felizmente a família Souza. Sempre tiveram de tudo. Mesmo assim o patriarca sentiu que era hora de atingir novos horizontes. Por isso decidiu comprar uma bela mansão, que seria o novo endereço para descansar nos fins de semana e aproveitar as férias que se aproximava. O imóvel se localizava em uma bela região montanhosa, rodeada por muito verde, riachos e cachoeiras. No entardecer era possível ver o por do sol em toda sua beleza, com seu tom amarelado e grandioso.
Ali viviam Carla, a mãe, Jonas, o pai e a filha de nove anos Cristiane, que neste momento levantou-se do sofá e perguntou:
—Mamãe, quando nós vamos mudar para a casa nova?
Interrompendo sua leitura a mãe diz:
—Não se preocupe, filhinha! Daqui a alguns dias estaremos lá. Você vai adorar!
Houve um silêncio neste momento. A menina pensou por alguns segundos, olhou para a janela da enorme sala e virou-se para sua mãe, dizendo:
—Espero que isso aconteça logo! Já estou enjoada e não vejo a hora de mudar daqui.
Carla olhou para a filha com estranheza, pois percebeu que a fisionomia e o tom de voz da menina haviam mudado. Sentiu que a meiguice dela tinha desaparecido. Ou estava oculta por algum motivo. O tom de voz estava mais agressivo e a testa franzida da filha começava a preocupa-la.
Cristiane sempre estudou nas melhores escolas, teve muito amor e carinho dos pais e familiares, fez muitos amigos e, agora, apresentava um comportamento que não se justificava. Com isso, Carla começou a se perguntar:
“—Por que minha filha está tão mudada?”.
Neste instante entra pela porta o patriarca da família, Jonas. Seu rosto cansado não abalava a felicidade em saber que, após mais alguns dias, estaria de férias e poderia desfrutar do novo imóvel com sua filha e esposa.
Jonas nunca teve medo do trabalho. Por isso se dedicava tanto. Com isso conseguiu um cargo de gerência geral que diariamente consumia dele atenção redobrada, desgaste físico e mental. Tudo isso era fruto das enormes exigências de seus superiores devido aos rígidos controles de qualidades da empresa.
Mesmo assim, Jonas aproxima-se das “mulheres de sua vida” e diz com um belo sorriso no rosto:
—Como vão minhas garotas? —disse ele em tom brincalhão.
—Oi, querido! —disse Carla beijando o marido apaixonadamente— Como foi seu dia hoje?
—Muito bom! Cansativo, mas bom! Estamos quase terminando de pôr tudo em ordem. E daqui a alguns dias... férias!
—Que bom!
—Que bom? Que maravilhoso! Já pensou? Sairmos daqui e partir para nossa mansão nas montanhas? Não vejo a hora!
Ansiosamente Cristiane entra na conversa:
—Quando é que nós vamos sair daqui, papai?
—Olá, meu amor! —disse Jonas todo alegre, abraçando sua filha e beijando-a no rosto— Como foi seu dia?
Irritada a menina diz:
—Não interessa meu dia! Só quero saber quando é que vamos sair daqui. Não vejo a hora de sumir deste lugar. Nunca gostei daqui, mesmo!
Jonas franziu a testa com estranheza. Não estava reconhecendo sua pequenininha. Era como se estivesse falando com outra pessoa. Mesmo assim estava disposto a dialogar com a filha, pois não queria que nada acabasse com sua felicidade naquele momento.
Respirou profundamente, apoiou as mãos nos ombros da filha e disse:
—Olha só, filhinha! O papai está terminando de organizar tudo. Daqui a alguns dias eu, você e mamãe estaremos na casa nova. Está bem? Pode ficar tranquila que vai dar tudo certo.
Friamente, Cristiane olha no fundo dos olhos do pai e diz:
—Mais ou menos! O que eu queria, mesmo, é sair daqui agora.
—Calma, filhinha! Por que você está tão ansiosa? O papai não cumpre sempre o que diz?
Ela afirma com a cabeça.
—Então não há motivo para esse nervosismo todo, querida. Agora me diga uma coisa: o quê está te incomodando? Por que você quer ir embora?
Cristiane manteve-se calada, sem responder. Olhou profundamente nos olhos do pai, virou-se para a mãe encarando-a com o mesmo olhar gélido. Em seguida correu até a escada e subiu em direção ao seu quarto.
—O quê aconteceu com ela? Está estranha! Nem parece a mesma pessoa.
—Eu também não entendi nada. Ela está estranha desde o dia que fomos comprar a mansão. Mesmo não dizendo nada, vi quando ela trouxe uma pedrinha que estava no quintal de lá. Eu achava que era apenas uma brincadeira de criança. Mas depois disso percebi que ela tem estado mais quieta. Será que tem alguma ligação com esse comportamento dela?
—Acho que não! Mas acredito que isso só tenha aumentado a ansiedade dela. Depois que descansarmos vou tentar pegar essa pedra dela para ver o que acontece. Ela não pode continuar assim. Está muito estranha.
Enquanto os pais discutiam sobre o comportamento da filha, a madeira do assoalho rangia a cada passo da menina enquanto penetrava nos tímpanos de Cristiane na medida em que se aproximava da porta do seu quarto. Um vento frio passou diante dela no instante em que ia tocar a maçaneta. Porém, esta virou sozinha, abrindo a porta daquele “cantinho inocente”.
Paralisada, Cristiane sentiu seu coração disparar. Estava assustada por causa do desconhecido e surpresa com aquele fenômeno estranho. Mesmo assim ela ainda era uma criança. E isso mantinha sua mente livre de certos medos e superstições. Por esse motivo ela decidiu entrar no quarto tranquilamente, enquanto a brisa que vinha pela janela aberta tocava seu rosto.
No instante seguinte, Cristiane começou a brincar com sua boneca como se nada tivesse acontecido.
Ela estava sentada em sua cama. Conversava tão inocentemente com a boneca que não percebeu o forte vento, acompanhado de uma gélida neblina, penetrando seu quarto através da porta. E, na medida em que aumentava, ela ficava cada vez mais densa e branca. A janela também serviu como porta de entrada para aquele estranho fenômeno, no mesmo instante em que ia abrindo-se lentamente o pouco que ainda estava fechada.
Quando percebeu o que estava acontecendo, Cristiane abraçou fortemente sua boneca e recolheu-se no meio da cama. O barulho das molas do colchão tornava aquela situação ainda mais assustadora. O tecido do lençol começou a se enrugar sobre seus pés, misturando-se com o desenho de seu vestido. Seus olhos brilhavam diante da luz da lua que penetrava pela janela. Seu coração palpitava mais velozmente. Sua respiração ficou ofegante. Com isso, uma gota de suor brotou de sua testa, demonstrando que, agora, a menina começava a ficar com medo.
Uma forte luz arredondada formou-se no interior do quarto, enquanto a densa névoa ia modelando algo assustador diante dos olhos inocentes de Cristiane. Aos poucos uma forma quase humana começou a se materializar, dando lugar a braços, pernas, mãos, pés e um rosto tão desfigurado quanto uma foto antiga, amarelada, suja e desbotada. Um odor forte atingiu as narinas de Cristiane no mesmo instante em que começou a lhe dar náuseas. Era fétido e insuportável! Seus olhos se irritaram e ela recolheu-se ainda mais entre o lençol, apertando-o com força ao mesmo tempo em que suas mãos começavam a suar. E, enquanto o odor desagradável ia se dissipando pelo ar, a figura grotesca e fúnebre do espectro começava a ganhar “vida”. Tinha uma aparência tranquila! Mas seu rosto assustava. A pele era pálida e enrugada, demonstrando a idade avançada e incalculável, apresentada em suas linhas de expressão. O cabelo “desbotado” tinha dificuldade em manter um penteado decente. Dentes podres e fétidos ajudavam a compor o rosto. Sua respiração era ofegantemente angustiante. Finalmente, no interior de seus olhos era possível perceber a eterna marca da morte. Eram brancos e não possuíam íris.
Cristiane, completamente assustada e sem palavras, agarrou-se em seu travesseiro. No instante seguinte conseguiu dizer baixinho, com voz trêmula e suspirante:
—Ô moço! Por favor! Não me machuque!
Não houve resposta. O tenebroso espectro manteve-se parado no meio do quarto, imóvel, ao mesmo tempo em que olhava para a inocente criança. Ele a analisava meticulosamente, observando suas mãos, seus olhos, seu cabelo, sua pele suada, sua respiração ofegante, ao mesmo tempo em que sentia um cheiro suave do perfume infantil. Algo que já não sentia há anos.
Cristiane, percebendo um silêncio cada vez mais assustador, olhou novamente para aquele ser frio e imóvel. Queria ter a certeza de que nenhum mal lhe aconteceria.
Após materializar sua mão, o espectro encosta no ombro da menina e diz baixinho:
—Não tenha medo!
Após ouvir essas palavras a menina saiu da posição defensiva. Ficou completamente desarmada. Com isso percebeu que aquela doce frase tinha mais representações do que podia imaginar. Então, Cristiane largou o travesseiro ao mesmo tempo em que começou a se aproximar da estranha criatura, curiosamente.
Em seguida ela adiantou-se dizendo:
—V-você fala? — gaguejou ela.
—Mas é claro que sim, minha querida! E não se preocupe, pois não vou te machucar.
Enquanto Cristiane ia se acalmando, decidiu fixar o olhar no fundo daquele globo ocular branco como a neve. Queria adivinhar os pensamentos da estranha criatura.
Mas esta se adiantou dizendo:
—Eu só vim aqui para adverti-la de uma coisa. — disse o espectro.
—Do que você está falando? — perguntou a menina curiosamente.
—Não vá para aquela casa.
Surpresa e já sem sentir medo ela interroga:
—Por quê?
—Não gostará de saber. Esse é apenas um conselho que lhe dou.
Curiosa, a menina insiste:
—Então me explique moço! Como é que eu vou entender se você não me disser?
O espectro admirado com a maturidade e interesse da menina decide falar. Então, aproximou-se da cama, acompanhado da gélida névoa que o envolvia, e se sentou na lateral, próximo de Cristiane que, mesmo sem sentir medo, começou a admirar a horrível aparência de seu visitante. Enquanto isso a suave luz da lua penetrava pela janela no mesmo instante em que tocava o rosto de Cristiane, iluminando-o.
Toda aquela situação mórbida fez com que Cristiane suspeitasse do que viria pela frente. Mas, infelizmente, ela precisava ouvir.
Lentamente a face cadavérica do tenebroso espectro vira-se para a menina, encarando-a profundamente. Sua face horrenda impressionaria qualquer mortal. Mas, naquele momento, serviu de base para uma terrível história que estava apenas começando.
Com uma voz rouca e arrepiante, o espectro começou a falar!
—Há muitos anos morou naquela casa um homem muito rico e poderoso. Ele possuía uma fortuna incalculável. Porém, todos sabiam a origem de tanto dinheiro. Durante muitos anos ele sacrificou e escravizou muitos empregados. Eram forçados a atender todos os seus caprichos. E um deles era capturar meninas virgens para satisfazer suas bizarras orgias sexuais. Sua esposa fingia não saber de nada, pois preferia sofrer calada ao invés de se submeter às constantes torturas que aconteciam no porão da mansão toda vez que não atendia aos caprichos do marido. Com isso o tempo passou e ele não mudou. Pelo contrário! Tornava-se cada vez mais sangrento, arrogante e impiedoso. Tinha conseguido dominar a cidade com suas ameaças às famílias humildes que não cediam parte de seus bens materiais, além das filhas. Mas, num dia oportuno e insatisfeito com o que já havia conquistado, ele decidiu ser mais ambicioso. Fez um pacto com o diabo exigindo a vida eterna e que não deixasse de ter prazeres. Porém, num momento de sua maldita vida, tropeçou no pacto e deixou de cumprir uma exigência de seu “mestre”. Como estava cheio de si e muito mal acostumado com as mordomias, achou que poderia enfrentar o demônio. E esse foi seu maior erro. Então, no mesmo instante foi levado de corpo e alma para o inferno. Lá, quando tudo parecia terminado, veio a grande surpresa! Mesmo sofrendo o homem não desistiu. Conseguiu falar diretamente com o “mestre das sombras”. Disse-lhe que poderia se redimir trazendo-lhe almas para o inferno. Em troca continuaria habitando a Terra e sua casa. Como bom negociador, o Diabo aceitou a oferta. Percebeu que dentro daquele coração cheio de ódio e rancor estavam todos os ingredientes necessários para continuar sua luta em habitar a Terra. Foi aí que tudo piorou. O homem foi enviado novamente à Terra, mais precisamente a casa que habitava, e começou seu eterno e trabalho. Tomou a providência de amaldiçoar todos os objetos da mansão, além das terras de suas propriedades, de modo que, dessa forma, pudesse levar as almas daqueles que ali pisassem ou levassem algo que não lhe pertencesse. Os anos passaram e, finalmente, depois de muito tempo, ninguém mais pisou lá. Eu fui o último que habitou aquela casa e posso afirmar com toda a certeza: CUIDADO! Não vá ou traga nada de lá. Caso contrário ficará como eu, vagando sem rumo e sem paz. Isso é o pior tormento que uma alma pode ter. Uma vida eterna sem luz.
Após ouvir as tenebrosas palavras, Cristiane se lembrou do que havia feito. Sabia da pedra que guardava daquele local. Começava, agora, a sentir medo.
Todas aquelas palavras duras e sombrias penetraram em seus tímpanos como uma verdadeira maldição. Então, desesperadamente, ela aproximou-se do espectro e tentou tocá-lo, ao mesmo tempo em que perguntou:
—Moço, o quê eu tenho que fazer? Tô ficando com medo!
Com isso, sua mão passou pelo corpo sem vida e sem forma, atingindo o ar. Não era possível tocá-lo. Em seguida, a névoa e o corpo do espectro começaram a se dissipar lentamente, no mesmo instante em que uma cavernosa voz fez-se ouvir:
—Tomem cuidado!
A menina, completamente desolada, sem saber o que fazer e no que pensar, levantou-se da cama e saiu desesperadamente de seu quarto. Sua expressão de medo não a deixou pensar. Então, num piscar de olhos, tropeçou no degrau e rolou pelas escadas, batendo a cabeça várias vezes na madeira dura enquanto via o mundo girar. Por sorte seus pais ainda estavam na sala para acudi-la.
Carla, desesperadamente, levantou-se do sofá gritando:
—Cristiane! Meu Deus! Me ajude!
Correu em direção à filha, acompanhada de Jonas. Pensou que o pior tinha acontecido. Mas esse tinha sido apenas o primeiro aviso.
Batendo no rosto ensanguentado da filha, Carla e Jonas tentam reanimá-la. Estava quase inconsciente. Mas, após alguns segundos, Cristiane conseguiu abrir os olhos. Sua expressão era de espanto. Estava branca, gélida e com a boca completamente seca. Mesmo assim, conseguiu retirar forças para segurar a mão da mãe, e dizer com muita dificuldade:
—Mãe... por favor! Eu não quero mais ir embora...
—Calma filhinha! Não faça esforço!
—Mãe! “Me ouve!” —gritou a menina— Eu não quero ir pra lá.
Carla e Jonas, assustados com o comportamento da filha e com a situação naquele momento, esquecem-se por uns instantes da queda e do sangue no rosto de Cristiane, que escorria cada vez mais vivo, ao mesmo tempo em que ia coagulando e criando cascas em determinadas partes da pele.
—Filha, —disse Jonas— o quê está acontecendo com você? Eu e sua mãe estamos preocupados!
—Pai, “me ouve”! Por favor, não quero mais ir embora! Por favor! Por favor... O “moço do vento” falou para eu não ir. “O moço do vento”... “o moço... do...”
Sua voz foi ficando cada vez mais fraca, até o momento em que desmaiou.
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